Joana era uma jovem mulher de 22 anos, frequentava o último ano do curso de história da Arte e apesar de não ter uma beleza estonteante, a sua beleza natural e a sua inteligência faziam desta jovem uma mulher interessante.
Tinha quase tudo para ser feliz, era uma excelente aluna, a melhor do seu curso, falava e dominava quase todos os assuntos fossem eles politica, desportos , economia ou cultura em geral, tinha uma mãe fantástica, amigos verdadeiros mas faltava-lhe um grande amor, alguém que lhe fizesse bater mais forte o coração.
Envolvida nestes pensamentos enquanto mexia o café já frio, reparou num pequeno papel que jazia em cima da sua mesa: "quero ser o teu único pensamento" e trazia um número de telemóvel . Olhou em volta para ver se conseguir descobrir quem tinha sido o autor de tão estranha atitude, mas como não viu ninguém que lhe parecesse suspeito, ia rasgar o papel, mas no momento em que o ia fazer algo dentro de si lhe disse para não o fazer e para entrar naquele perigoso jogo.
Tirou o telemóvel da sua mala castanha já gasta do uso sucessivo, e decidiu enviar uma SMS ao autor de tão incrédula missiva, perguntando directamente quem era e o que pretendia dela. A resposta não tardou, mas tal como a mensagem do bilhete era uma resposta vaga e misteriosa: "sou o dono do teu coração. André."
Sabia agora o nome do autor da mensagem misteriosa, e os dias foram-se passando e Joana está cada vez mais envolvida por aquele André que não conhecia mas já conhecia todos os seus segredos e desejos.
Movida pela curiosidade e também por uma paixão estranha, marcou um encontro com ele no mesmo café onde iniciaram aquela relação no mínimo estranha. Arranjou-se e foi ter ao café mas acabou por chegar mais cedo que o previsto, por isso sentou-se e pediu um café o mergulhou no seus pensamentos imaginando mil e uma caras e expressões para o seu desconhecido André.
Estremeceu ao ouvir o seu nome, e olhou para André, o André misterioso, era o seu André, o André do liceu que tinha amado em segredo por nunca ter tido a coragem de se declarar. Ele sentou-se em frente de Joana e ela estava sem reacção, sem saber o que fazer ou dizer. Ele pegou na mão dela e pediu-lhe para o acompanhar a um sitio muito especial pois tinha que fazer uma coisa que há muito desejava mas que nunca tido a coragem de o fazer.
Foram até ao antigo liceu, continuava igual, com o mesmo amarelo de sempre...entraram e caminharam silenciosos até ao pátio onde permaneciam nos intervalos. O mesmo pátio onde tantas vezes tinham olhando um para o outro mas sem se falarem, comunicando apenas com os olhos.
André olhou no fundo dos olhos de Joana e beijou-a...desejava tê-lo feito há muito tempo. Amava-a desde o tempo da adolescência e agora que a tinha reencontrado queria viver aquele amor que nasceu no pátio daquele liceu. Saíram do liceu de mãos dadas como dois adolescentes prontos para viver aquele amor.
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