O que é o tempo
senão um passar incessante de horas,
momentos finitos que descem em escorregadores
plantados em praças,
onde crianças descem e prosseguem a
vida passante,
horas mutantes de instantes passageiros,
que, ligeiros, transmutam-se em tempo novo
como a flor que abre pétalas todos os dias
sobre um novo dia
Tempo desmedido,
não espera, não volta a cabeça,
inflexível vive, quem quiser que o siga,
são estradas e mais estradas, encruzilhadas.
Há opções, decepções e algumas flores,
meios e inteiros e algumas dores
em passos a escolherem a forma, o ritmo