Sábado, 30 de Dezembro de 2006
Acordo em cada dia e começo a sonhar contigo,
dos tempos em que sonhar não me era preciso.
A contrariedade de em cada som ouvir quem tu foste,
hoje sobrevoas a minha sombra sem me tocares.
Dias e dias a teu lado sem tu me saberes existir,
cada olhar que te lançava era travado pelo muro da timidez.
Agora sinto que não podes existir nem ser alguém com vida,
a minha vontade de roubar o teu intimo é infinita e eterna.
Quinta-feira, 21 de Dezembro de 2006
Sento-me à beira-mar
ao sabor do vento
embalada no sonho
vou adormecendo
Sinto a àgua
a beijar-me os pés
tão fria e tão ardentemente
me fecha os olhos completamente
Embalada nos seus
braços ondulantes
liberto os sentimentos
em soluços constantes
Faço parte agora
do meu eu derramado
sou toda um só mar
e sinto-me desencontrada
O sonho já partiu
a areia o meu corpo invade
vejo o mar outra vez
no dia que tinha começado
Terça-feira, 19 de Dezembro de 2006
É Natal,
dia de nascer,
dia em que todos os dias
são a soma dos desprezos,
de todos os dias.
Em que as correntes que nos prendem
aos sonhos
se quebram com o vigor
da raiva e dos olhos inchados
marejados do sangue
gasto
no sofrimento do frio,
com que estalam os dedos,
a busca arritmia
com que fugimos dos beijos
e dos abraços,
que nos vestem-
-hipocrisias
deste dia estabelecido.
É Natal,
e rebentam as rolhas
nas cabeças dos furtivos
barretes,
há sorrisos
e gente que quer nascer de novo,
e tentamos:
- Diferimos dos diferentes,
somos prendas que afinal são embrulhos.
Somos festa de família
cheios de prendas, sem laços,
somos a contradição nascida
das vontades
e dos desejos;
É Natal
descem as sombras,
sobem balões de ar quente,
oxigénio de uma noite tranvestida,
ilusão que sabe bem,
por um sonho
por um dia
é Natal.
Hoje sinto-te ausente
Invulgarmente ausente
E não quero,
Não posso
Habituar-me ao vazio de ti...
Em mim.
Minha alma é a parede
Onde embuti o teu espírito.
E...
Mesmo quando estás longe...
E...
Mesmo quando não estás,
o teu espírito habita-me.
sinto-me: Triste
música: Quando eu te falei em amor
Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2006
Olhar ao redor e não te ver
assim não tem como viver
uma eterna imagem em minha mente
e por dentro um sentimento crescente
agora eu vejo um anjo, todos os dias, é todos os dias
não me sai da cabeça aquele rosto, belo rosto
preciso agora todo segundo, todos os dias
o que faz um anjo na terra??
me pediu a mão
mas conseguiu o coração
disse que me levaria ao desconhecido
mas com ele conheci o paraíso
um outro mundo me foi mostrado
o que faz um anjo em minha vida??
e as nuvens me sopraram
"o seu amor o criou
esse mundo é o seu amor..."
Amar é mesmo abrir mão de tudo.
Amar é se deixar levar pelo coração.
É deixar as coisas fáceis e prosseguir
com as difíceis.
É ter que ser forte sendo fraco.
É abrir mão da realidade para viver um sonho.
É deixar de pensar por um e passar a pensar por dois.
É deixar de crescer para viver sempre uma criança.
É querer o tudo mesmo não tendo nada.
É querer está com alguém mesmo sem poder.
É amar mesmo sem saber o que é o amor.
Sem meus sonhos
As luzes do mundo
Sinto-me distante
De qualquer coisa.
Alucinação
Desejo
Vontade
Medo
Reação
Tudo por qualquer motivo
Ou não.
Reação pela vida.
Alucinação pela morte.
Vejo-me aqui perdida.
Sem nem um pouco de sorte.
O medo do mundo e a revolta
Sem expressar bem ao fundo
De tudo o que esta a minha volta
O Desejo me invade a mente
Um veneno que com um beijo
Torna-se quente.
Em meias palavras
Em mim me entrego
Aos desejos e loucuras
Ao meu coração não renego.
Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2006
Se não gostas de ti, quem irá gostar?
Se não sentes admiração por teus empreendimentos, quem irá sentir?
Se duvidas das tuas decisões, quem poderá acreditar nelas?
Se não sentes alegria com a vida que tens, quem irá alegrar-se?
Se ainda não compreendeste o verbo compreender, como pretendes conjugar o verbo amar?
Se colocas azedume nas mais puras emoções, por que te revoltas por levar uma existência amarga?
Se destróis todas as entradas que te levam afecto, por que lamentas a solidão em que vives?
Se não tratas da tua cultura de simpatias, por que estranhas de não colher viçosas amizades?
Se insistes em semear males e tristeza, por que ficas supreendido quando germinas decepções?
Se não te dispões a perdoar as faltas dos outros, com que direito esperas a complacência das tuas?
Se não tens fé , nem confiança, nem estusiasmo, por que acusas o mundo de ser frio, árido e sem bondade?
Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2006
Agora, nosso grito
tem a medida do abismo,
não mais a imensidão do céu.
Agora que paramos,
sentimos ao nosso redor
que tudo foi inútil,
do caule à rosa seca,
que antecedeu a despedida.
Aos poucos meu corpo
se desprende,
e o que ora
ainda não é
se tornará pedra.
Mediremos tudo
pela extensão do amor.
E o amor,
pela ternura que agora se desfaz.
Ao caminharmos distantes,
só nos unirá o pensamento.
Nossos sonhos... um recordar triste
do que nunca seria realidade.
Se seremos sombras,
ou ainda seres...
o eixo imaginário de nosso pecado
marcará o início e o fim
do nosso amor.
Quarta-feira, 6 de Dezembro de 2006
Ja perdoei erros quase imperdoaveis;tentei subtituir pessoas insubstituiveis e esquecer pessoas inesqueciveis.
Ja fiz coisas por impulso.
Ja me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,mas tambem já decepcionei alguem.
Ja abracei pra proteger.
Ja dei risada quando nao podia,fiz amigos eternos,amei e fui amado,mas tambem ja fui rejeitado,fui amado e nao amei.
Ja gritei e pulei de felicidade.
Ja vivi de amor e fiz juras eternas ''quebrei a cara muitas vezes'' .
Ja chorei ouvindo musica e vendo fotos;
Ja liguei só para escultar uma voz,me apaixonei por um sorriso;
Ja pensei que fosse morrer de tanta saudades e tive medo de perder alguem especial,mas vivi e ainda vivo.
Nao passo pela vida,e você tambem não deveria passar! viva!!
Bom mesmo é ir à luta com determinaçao,abraçar a vida e viver com paixão,perder com classe e vencer com ousadia.
Porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.
Desconhecido