Sábado, 25 de Novembro de 2006
O amor que procuro
Não precisa submeter-se
E nem dominar-me
Nos completaríamos,
Seríamos dois corpos num só sentimento...
O amor que procuro
Não precisa ser perfeito
Perfeição é mérito dos vaidosos
Pois aprenderíamos com as imperfeições alheias
Não teríamos a eternidade para errarmos...
O amor que procuro
Não precisa dar-me o oceano de felicidade
Uma pequena gotícula de felicidade já seria suficiente
Pois a felicidade em abundância
Não é felicidade é doença...
O amor que procuro
Não precisa ficar 24h ao meu lado
Mas pensar em mim todo instante que puder pensar
Pois nossas almas estariam sempre se amando
Na presença ou ausência...
O amor que procuro
Nunca precisaria me agradecer
Pois o amor está nos actos espontâneos
Não teríamos que agradecer um ao outro
Porque seria tudo bem natural...
O amor que procuro
Teria toda confiança do mundo
Depositaria toda felicidade nele
Pois me renderiam bons juros
Viveríamos da riqueza dos sentimentos...
O amor que procuro
Teria toda minha fidelidade e lealdade
Quem é infiel não ama
Mente amar,
Pois só existiriam verdades...
O amor que procuro
Quando sentir saudades
Que me busque nas lembranças
Porque seriam inesquecíveis os nossos momentos
Pois a saudade é um triunfo contra o tempo
Teríamos que recordar sempre esses momentos...
O amor que procuro
No dia que eu estiver triste
Que trouxesse somente a compreensão das lágrimas
Que não as impedissem de cair,
Que deixassem que os ventos as secassem por si próprio...
O amor que procuro
Enxergasse nas pequenas coisas
As grandezas e os efeitos que elas transmitem
Porque a grandeza da vida esta na realização das pequenas coisas
E sentir pequeno por fora e grande por dentro...
O amor que procuro
Não acredite que viveremos eternamente
Na vida nada é para sempre
Porque continuaríamos a amar alem da vida
Mas na vida tudo acaba,
pois os sentimentos permaneceriam vivos...
O amor que procuro
Que não se preocupasse com o tempo
Porque nos pararíamos desde o instante que nos víssemos
Pois o mundo continuaria a rodar o amor não da vazão ao tempo
O tempo é muito curto para os que amam...
O amor que procuro
Visse nos meus olhos o brilho
Um brilho inigualável das estrelas
E quando me procurasse que viesse até o céu,
Seríamos, então, duas estrelas solitárias no céu
Sem nos preocuparmos com as nuvens e o amanhecer
Morreríamos ao amanhecer e nasceríamos ao escurecer
Todos os dias nesse ciclo ininterrupto...
O amor que procuro
Que me fizesse sonhar na realidade
E que na realidade fizesse concretizar os sonhos
Porque sonhar é bom, pois a realidade é magnífica
Pois o sonho seria se ele fosse a realidade...
O amor que procuro
Não precisaria estudar
Pois teríamos a formula perfeita para viver
Histórias para contar Probabilidade de sermos felizes
E a razão seria amar, e conjugaria viver no infinito...
O amor que procuro
Não está nos livros
Porque não seria uma história qualquer
Seria um capítulo a escrever diariamente
Com as tintas da realidade
Sem uso de correctivo ,
Sem importar com caligrafia e erros ortográficos
Pois a vida nos ensinaria a escrever sem erros...
O amor que procuro
Não tem formas estéticas, distinção racial e idade
O amor não tem forma e nem preconceito
Não precisaria ser principe,
Apesar de enfrentar o rei, se necessário
Mas seria bem feliz com um humilde campones...
O amor que procuro
Não teria começo
Viveríamos o meio
Sem prévias do fim
Porque seria um começo sem fim
Pois quando chegássemos no fim
Recomeçaríamos tudo novamente
Todo dia é dia de recomeçar...
O amor que procuro
Não precisa ter ciúmes
Pois ele é algo destrutivo
Nos faz perder o que poderíamos ganhar
Porque a confiança se ganha em instante e se perde em fracções
Pois a confiança está nas atitudes...
O amor que procuro
Poderia contar comigo nas alegrias e tristezas
Porque o viver esta em compartilhar emoções
Pois ele seria as razões das alegrias
E a falta dele seria a razão das tristezas...
O amor que procuro
Não precisa ser grande
Mas que seja do tamanho do infinito
Que não tenha começo e fim
Pois se um dia o amor não mais existir
Demoraria a eternidade para acabar...
O amor que procuro
Não pode ser raso
Tem que ter a profundidade do mar
Pois quando ficasse feliz
Agitaria os sete mares
E os meus sorrisos fossem ondas
Que se formassem e desfizessem
Num ciclo continuo
E o meu olhar brilhasse
Como a lua banhado o mar...
O amor que procuro
Talvez o que procuro não existe
Viveria em busca eterna
O amor que procuro está nos sonhos
Porque na realidade não achei
Pois meu sonho
É trazer o amor que procuro para realidade...
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver sua vida:
Uma, é acreditar que não existem milagres.
A outra, é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Sexta-feira, 24 de Novembro de 2006
Sorri! Tu estas sendo amado!
Fala gritando meu coração,
No silêncio, triste, da madrugada,
A solidão que acaricia abraçada...
Fantástico mundo da ilusão
E assim, lá distante, te vejo,
Em cada pedaço, em cada sentimento,
Renunciei à delicia de teus beijos,
Dilacerei meu corpo, cheio de desejos...
E fiz de nossas almas, meu contentamento...
E assim, vejo, nesse mar que me acalma...
Lindo Sol, dourado, cheio de calor,
Sinto a brisa acariciando minha alma,
Asséptica em todas minhas magoas
Transpirando vida, desejando amor!
Quinta-feira, 23 de Novembro de 2006
Podemos dizer palavras
Até se não temos voz
Palavras são como olhos
O retrato vivo da alma
Devemos falar e cantar
Pois estamos aqui
Engolidos por certezas e incertezas
Temos olhos de pássaros
Então falamos
De asas que voam
Do sol que brilha
De estrelas, astros e mais...
Falamos de asas que nos carregam
Falamos também de poesia
Poesia que nos mata a dor
Do coração que já conhecemos
Aquele que ama profundamente
Mesmo quando se encontra perdido
É preciso falar enquanto estamos vivos
Antes que morra nossa voz
Falarmos até no dormir
Para que não se esqueçam de nós
Falarmos na embriaguez
Sussurrarmos na própria orelha
Matarmos a surdez de quem não escuta
A mudez de quem não fala
Sermos mensageiros da fala
Comunicarmos com o coração
Gritarmos a palavra pelas ruas
Mostrarmos o poder da comunicação
Falarmos de toda alegria
Gritarmos Palavras de fantasia
Gritarmos a riqueza da palavra
É preciso gritar palavras
Falarmos dos direitos humanos
Falarmos de sonhos esquecidos
Os pássaros falam com asas e olhos
Os pássaros cantam palavras
Porém eu escrevo palavras
Palavras escritas em poesias
Falas do meu coração
Eu canto também palavras
Caminho minhas próprias palavras
Falas e lágrimas da paixão
Escritas com toda emoção.
Quarta-feira, 22 de Novembro de 2006
Dou a mão a outro irmão
Que tem a pele de outra cor
No meu olhar e no dele
Não se vê a cor da pele
Vê-se somente o amor
O meu sangue é tão igual
Ao do negro e do cigano
Todos queremos liberdade
Mas sentir a igualdade
Isso sim, é sr humano!
Todos diferentes, todos iguais,
A amizade não tem cor
Lançar sementes não é demais
Se forem sementes de Amor.
Dar um abraço na hora certa
É ser amigo, é ser irmão
É como um laço de cor incerta
Onde se aperta um coração!
Terça-feira, 21 de Novembro de 2006
Eu pedi pra lua,
Te trazer de volta aos meus braços.
Eu ainda sinto teus beijos em meus sonhos.
Eu sinto que tuas palavras ainda acalentam meu coração.
Que teus braços me protegem de meus medos.
Que teus olhos me guiam na escuridão.
Por vezes eu tentei te esquecer
Mas percebi que tu eras
Tão importante pra mim,
Quanto eu própria.
Minha sanidade foi perdida
E em meus sonhos ainda te tenho.
Sonhos, apenas sonhos!
Eu tenho que acordar!
Entretanto a dor da verdade me sufoca
E eu grito! um grito sem som...
Um grito que a muito eu guardava.
Esse grito de agonia,
Que drena minhas forças,
Me coloca de joelhos,
Me faz pedir perdão
E pedir novamente para sonhar.
Sei que sonho apenas em vão.
Nada consegue abrandar meu sofrimento.
Tu não notas minhas lagrimas.
Tu não notas minha dor, meu sofrimento.
E eu arrependo-me , eu arrependo-me...
De não te ter dito tudo o que realmente sentia,
Porém a imagem de teus olhos
Ainda persistem em me atormentar.
E eu sofro, e eu sofro...
Por não ter teus braços,
Abraçando-me fortemente.
Por não ter teus lábios,
Beijando-me docemente.
Essa é minha dor.
Essa é minha vida.
Tudo é tão triste
Que lagrimas já não me surpreendem.
Esse é o sofrimento do meu amor,
Muitas palavras são poucas para descreve-lo.
E eu minto, e eu minto...
Sobre meus medos, minhas angustias.
Sempre com um sorriso nos lábios
E uma expressão de vitória no rosto.
Mas eu não me engano
E eu volto a sentar-me na escuridão
Escondendo meu rosto choroso,
Com um sorriso nos lábios
E uma expressão de vitória no rosto...
Terça-feira, 14 de Novembro de 2006
Joana era uma jovem mulher de 22 anos, frequentava o último ano do curso de história da Arte e apesar de não ter uma beleza estonteante, a sua beleza natural e a sua inteligência faziam desta jovem uma mulher interessante.
Tinha quase tudo para ser feliz, era uma excelente aluna, a melhor do seu curso, falava e dominava quase todos os assuntos fossem eles politica, desportos , economia ou cultura em geral, tinha uma mãe fantástica, amigos verdadeiros mas faltava-lhe um grande amor, alguém que lhe fizesse bater mais forte o coração.
Envolvida nestes pensamentos enquanto mexia o café já frio, reparou num pequeno papel que jazia em cima da sua mesa: "quero ser o teu único pensamento" e trazia um número de telemóvel . Olhou em volta para ver se conseguir descobrir quem tinha sido o autor de tão estranha atitude, mas como não viu ninguém que lhe parecesse suspeito, ia rasgar o papel, mas no momento em que o ia fazer algo dentro de si lhe disse para não o fazer e para entrar naquele perigoso jogo.
Tirou o telemóvel da sua mala castanha já gasta do uso sucessivo, e decidiu enviar uma SMS ao autor de tão incrédula missiva, perguntando directamente quem era e o que pretendia dela. A resposta não tardou, mas tal como a mensagem do bilhete era uma resposta vaga e misteriosa: "sou o dono do teu coração. André."
Sabia agora o nome do autor da mensagem misteriosa, e os dias foram-se passando e Joana está cada vez mais envolvida por aquele André que não conhecia mas já conhecia todos os seus segredos e desejos.
Movida pela curiosidade e também por uma paixão estranha, marcou um encontro com ele no mesmo café onde iniciaram aquela relação no mínimo estranha. Arranjou-se e foi ter ao café mas acabou por chegar mais cedo que o previsto, por isso sentou-se e pediu um café o mergulhou no seus pensamentos imaginando mil e uma caras e expressões para o seu desconhecido André.
Estremeceu ao ouvir o seu nome, e olhou para André, o André misterioso, era o seu André, o André do liceu que tinha amado em segredo por nunca ter tido a coragem de se declarar. Ele sentou-se em frente de Joana e ela estava sem reacção, sem saber o que fazer ou dizer. Ele pegou na mão dela e pediu-lhe para o acompanhar a um sitio muito especial pois tinha que fazer uma coisa que há muito desejava mas que nunca tido a coragem de o fazer.
Foram até ao antigo liceu, continuava igual, com o mesmo amarelo de sempre...entraram e caminharam silenciosos até ao pátio onde permaneciam nos intervalos. O mesmo pátio onde tantas vezes tinham olhando um para o outro mas sem se falarem, comunicando apenas com os olhos.
André olhou no fundo dos olhos de Joana e beijou-a...desejava tê-lo feito há muito tempo. Amava-a desde o tempo da adolescência e agora que a tinha reencontrado queria viver aquele amor que nasceu no pátio daquele liceu. Saíram do liceu de mãos dadas como dois adolescentes prontos para viver aquele amor.
Segunda-feira, 6 de Novembro de 2006
Acordei com o doce toque da luz do sol de Agosto no meu rosto e algo me dizia que ia ter um dia diferente e inesquecível. Foi com este pensamento que me levantei e me arrumei para sair rumo à estação onde apanharia o mesmo comboio de sempre que me levaria à minha praia de todos os dias.
Estava atrasada, o meu telemóvel já tinha sido entupido por mensagens dos meus amigos que há muito esperavam por mim. Despachei-me o mais depressa possível e cheguei à estação em 10 minutos e corri para o bilheteira para comprar o meu bilhete, estava deserta e rapidamente o comprei.
Quando me dirigia para o comboio que estava prestes a partir choquei violentamente contra alguém, e quando me preparava para pedir desculpa, fiquei presa ao teu olhar...e tu olhaste para mim e ficamos ambos parados a olhar um nos olhos do outro.
Naqueles segundos consegui ver o fundo da tua alma, através desses teus olhos com o verde mais profundo que algum vi...e tu olhaste para mim e senti a minha alma invadida por ti e pela tua doce presença.
Este nosso momento foi interrompido pela estridente voz da menina da estação que anunciava que o meu comboio ia partir e eu como que por impulso, olhei novamente no fundo dos teus olhos pedi-te desculpa e corri para o comboio.
Talvez nunca mais veja esses teus olhos verdes mas nunca me vou esquecer deles...aqueles segundos parecerem horas e naquele momento as nossas almas encontraram-se formando por instantes uma só.